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Que as transformações estruturais no varejo impressionam, não resta a menor dúvida. Especialmente aquelas precipitadas pela crescente
incorporação de tecnologia em todas as atividades do setor.

No início eram recursos destinados a melhorar o nível de controle geral dos negócios. Foram os sistemas dedicados a controle de estoque, de
caixa, de inventário. Ao longo do tempo, para além da melhoria da eficiência e produtividade,
razão de ser das primeiras gerações de recursos tecnológicos, as soluções foram migrando para a lógica da melhoria da experiência do consumidor.
E da individualidade e customização dessa experiência. Além de passarem a se preocupar com a conveniência, as facilidades e a
ausência de fricção (frictionless) nas relações de consumo. Um capítulo à parte envolveu tudo relacionado ao avanço do e-commerce
e sua inusitada capacidade de monitorar, e antecipar, demandas, proporcionando a solução individual customizada, algo difícil de ser
reproduzido no ambiente das lojas. Mas o avanço também incorporou as experiências únicas possíveis a partir
da combinação de tecnologias como realidade virtual e e-commerce, que permitem abstrair da realidade da compra racional dominante no e-
commerce para algo inusitado combinando a conveniência, experiência e facilidade do e-commerce com o mundo disruptivo emergente das
realidades aumentada e virtual.

As mais novas combinações gravitam em torno dos meios de pagamentos com alternativas digitais, integrando nos Super Apps tudo que possa
envolver o omniconsumidor, incluindo relacionamento, fidelidade, comunicação, promoção e pagamento. Mas com muito mais para ser
incluído, pois a proposta, mais do que clara, é criar um instrumento único de conexão entre a vida digital e a vida real.

E nessa dimensão as plataformas exponenciais, Google, Amazon, Facebook e outras e mais os Ecossistemas de Negócios, Tencent, Alibaba e
outros mais travam a mais ambiciosa, e talvez definitiva, batalha pelo protagonismo da conexão dominante com os omniconsumidores.

Mas o avanço irreversível da tecnologia precipita, em diversa direção, a crescente demanda de toque humano nos sistemas e práticas de
negócios.Tudo parece convergir, em especial no varejo, para o simples conceito de que quanto mais tecnologia, mais pessoas, reais de carne e osso, sorrisos,
atenção e genuíno interesse por outras pessoas possam estabelecer a diferenciação definitiva entre marcas, conceitos e práticas.

Quantas vezes você voltou a um local, marca ou canal que proporcionou uma experiência humana autêntica e diferenciada? E quantas vezes
prometeu a si mesmo jamais voltar, pois a experiência humana foi terrível?

Eis um desafio daqueles que são ótimos para serem equacionados, dentro da proposta do “Decifra-me ou Te Devoro”.

Quanto mais embarcamos tecnologia e soluções digitais em nossos negócios, mais somos desafiados a valorizar, integrar e diferenciar através
das pessoas. De forma autêntica, espontânea, genuína e natural. Eis o axioma do período. Quanto mais tecnologia, irreversivelmente
incorporarmos aos nossos negócios, mais o caminho da diferenciação e dos resultados passará pelas pessoas.

Só para repetir. Decifra-me ou Te Devoro!

Fonte: Portal Mercado & Consumo