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“Passar por transformações não é nada fácil e o processo deve ser
estudado e avaliado antes de se tomar uma decisão”

A capacidade de se adaptar a diversos ambientes e situações permitiu ao
ser humano moldar o mundo e a sociedade ao seu redor. O século XXI está
sendo marcado por essa mutabilidade, cada vez mais, acelerada e
significativa. A forma como compramos, vendemos, aprendemos e
comunicamos não é a mesma há algum tempo, provocando novas
demandas para as empresas.

O conceito de rebranding veio para que as companhias resolvam essas
questões e mantenham-se atualizadas. A ação tem como objetivo
melhorar e renovar as posições e serviços de uma marca no mercado. As
possibilidades são muitas e podem ir desde um design experimental a uma
nova filosofia operacional, e até mesmo uma mudança de nome.

Passar por transformações não é nada fácil e o processo deve ser
estudado e avaliado antes de se tomar uma decisão. Para saber se o
rebranding é necessário, é importante avaliar alguns pontos como, por
exemplo, se a identidade visual da marca não representa mais o produto,
se a imagem da empresa está afetada, se houve mudança no público-alvo,
entre outros.

Um dos casos de sucesso em que a reformulação da marca foi constante e
bem aceita é a da multinacional estadunidense, Apple. A empresa, que
nasceu em 1976, teve seis logos diferentes desde sua criação. O sucesso é
tão grande, que a maçã mordida, símbolo da marca, é mundialmente
conhecida, sem precisar de nenhuma palavra relacionada. A principal
pessoa relacionada a esse feito é Steve Jobs, considerado um visionário.
Jobs assumiu a empresa pela segunda vez em 1997 e mudou o foco do
marketing, que parou de vender produtos e começou a entregar ideias e
experiências. Feito que influenciou e transformou toda indústria dos
dispositivos móveis.

Entretanto, nem sempre estar à frente do seu tempo significa algo
positivo. Ao contrário da tecnologia, o mercado do futebol é mais
tradicional e conservador.

Em 2017, o clube italiano Juventus, um dos gigantes do mundo, trocou seu
escudo por uma logo. O novo símbolo, apesar de seguir o exemplo da
Apple, minimalista e moderno, não foi bem aceito. Fãs do esporte do
mundo inteiro criticaram negativamente.

A lista de exemplos de empresas que seguiram o mesmo plano e tiveram
resultados distintos é extensa. Mas, por que isso acontece? Assim como o
rebranding, a resposta para essa pergunta não é objetiva. Entretanto, os
fatores a serem analisados desses casos podem nos dar dicas, como: por
que arriscar a mudança em um time que está ganhando em um mercado
tradicional como o do futebol? Como inovar em meio a tantas empresas
que oferecem novidades em tempo cada vez menor e continuar obtendo
sucesso como a Apple?

Analisando os dois questionamentos, destacamos a palavra mercado. Na
hora de repaginar uma empresa devemos levar em conta esse item
fundamental, juntamente com essas perguntas: o que queremos alcançar
com essas mudanças? Quem queremos atingir? Como meu público fiel
reagirá? Inovação é sempre positiva, mas nem sempre a mudança está
apta ao meio.

*por Dino Bastos, CEO da Partners Comunicação Pro Business

Fonte: Administradores.com